sábado, 27 de dezembro de 2008

"Novidades" ou "Retrospectiva musical de 2008, nona parte"


Hoje é dia de reunir artistas que conheci em 2008, sejam eles estreantes ou mesmo os que já estão na ativa há muito tempo e só foram chamar minha atenção agora.

Santogold, estréia da colaboração entre a cantora Santi White e seu colega John Hill, foi uma das novidades mais gratificantes do ano. Todo feito em apenas 3 semanas, o disco emplacou um dos hits de 2008 (L.E.S. Artistes) e mostrou o quanto a dupla era versátil. Os arranjos de Hill passeiam por vários estilos, do dub ao punk, enquanto a voz e as letras de White os acompanham (se é que essa palavra é apropriada, já que o maior destaque está nela) com uma competência admirável.



Os produtores Joel Martin e Matt Edwards trabalham numa sonoridade baseada em samples obscuros de gêneros como exotica, disco, rock progressivo e trilhas sonoras desde 2004, mas só em 2008 foi lançado um LP no qual a dupla adotou o nome Quiet Village. O resultado disso tudo, Silent Movie, tomou forma de chill out e ambient, um disco muito bem elaborado e elegante, apesar das origens duvidosas.



Já fazem mais de dez anos que Erykah Badu lançou Baduizm, seu disco de estréia, mas só agora fui descobrir suas qualidades, com New Amerykah, Pt. 1: 4th World War. Espero que este realmente seja apenas a primeira parte de uma série de discos do mesmo nível.



Quando li o nome Gang Gang Dance pela primeira vez, pensei serem alguma banda de indie-rock pra pista, mas a capa de Saint Dymphna me conquistou e acabei dando uma chance. De fato, é um dos discos mais chocantes de 2008, que combina rock experimental com world, eletrônica e dub. Não é o primeiro disco deles, mas é tão completo que ainda não consegui me interessar em ouvir os anteriores.



O duo Fuck Buttons subverteu o gênero pós-rock (que tinha se transformado numa fórmula ultrapassada) e adicionou muito barulho, fazendo de Street Horrrsing uma estréia que impressiona desde os momentos iniciais.



É curioso o fato de eu só ter ouvido The Kills recentemente, já que pelo menos nas proporções do indie rock eles são bastante conhecidos. Mas depois de ver o vídeo de U.R.A. Fever em alguma madrugada insone, foi impossível não se render. Midnight Boom é um disco simples, mas de consequências interiores estrondosas.

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