quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

"2006" ou "Retrospectiva musical de 2008, sexta parte"


Olhando a lista de músicas que separei para ilustrar os textos dessa série que já está na parte seis, percebi que alguns artistas que eu conheci em 2006 - devido a ótimos lançamentos naquele ano - voltaram com discos que também merecem destaque. [Você também pode considerar esse post como resultado da dificuldade de reunir algumas músicas em grupos]

A principal diferença entre Feed the Animals (2008) e Night Ripper (2006) é que o mais recente é instantâneo. Lembro que demorou um pouco pra que eu aproveitasse o anterior como ele deveria ser aproveitado, enquanto o primeiro impulso que me deu ao ouvir o disco que Girl Talk lançou esse ano no esquema "pague o quanto você quiser" foi de fazer uma festa. Além da diversão que a música proporcionaria, ainda imaginei como seria legal juntar os amigos pra tentar identificar todos os 322 samples através dos quais ele fora construído!



Com o Ratatat aconteceu o contrário. Classics (2006) é mais coeso e homogêneo que LP3 [nome melhor que este, só Third], sendo consequentemente mais fácil de digerir por inteiro. LP3 traz um som mais leve e bastante fragmentado, no qual as guitarras nem sempre estão em primeiro plano. Os vídeos que acompanharam os três singles do disco são exemplo dessa fragmentação, tomando forma de vídeo-arte de interventiva.



O TV on the Radio, um dos maiores destaques de 2006, trouxe um disco digno de (quase) fim da primeira década do milênio. Com a produção e execução impecáveis de sempre, o destaque aqui é para a sonoridade carregada de emoção e positividade. Uma bela sugestão para ouvir nos últimos momentos do ano.



Six Demon Bag foi meu disco preferido de 2006 (depois de The Eraser, claro), e uma boa oportunidade de conhecer o trabalho do Man Man, já que nem The Man in a Blue Turban With a Face (2004), nem Rabbit Habits (2008) o superam. O último é seu trabalho mais acessível, e apesar de ter uma sonoridade mais lapidada e redonda, não oferece momentos de diversão à altura de músicas como Engrish Bwudd e Push the Eagle's Stomach.



De 2006 pra cá, o punk blues do quinteto australiano The Drones não sofreu muitas mudanças. Gareth Liddiard é dos melhores vocalistas/letristas de rock da atualidade, e fez I Don't Ever Want To Change ser uma das melhores faixas de dois anos atrás, façanha repetida atualmente com The Minotaur.

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