segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"Amigos íntimos" ou "Retrospectiva musical de 2008, décima parte"


Quase finalizando nossa retrospectiva, hoje falarei dos bons discos lançados por artistas que eu já vinha acompanhando há algum tempo, que já me marcaram em outros tempos e continuam merecendo meu tempo e respeito.

Gosto muito de praticamente tudo que Cat Power lançou em seus mais de 10 anos de carreira, mas quando conheci seu trabalho ela já havia lançado 6 discos. O intervalo de três anos entre You Are Free (2003) e The Greatest (2006) me deu tempo para me aprofundar e ouvir tudo que eu tinha perdido até aquele momento, e ainda hoje considero algumas coisas inacreditáveis. Antes de Jukebox, só tinha acompanhado o lançamento de The Greatest, e este foi um dos grandes momentos (e é um dos grandes discos) da minha vida. Tendo perdido suas apresentações no Brasil em 2007, eu tinha muita emoção reprimida para o lançamento de Jukebox, e elas foram devidamente liberadas a cada audição. Hoje, deixando um pouco de lado o lado emocional, já consigo perceber que este não é um dos melhores álbuns de sua obra, mas ainda assim o considero tão bom quanto The Covers Record e algumas das novas reinterpretações estão isoladamente entre os melhores momentos de sua carreira.



Para aproveitar o que o Clinic proporciona você precisa gostar do universo musical que se repete em cada disco da banda. Não diria que é uma fórmula, e sim uma identidade, um modo de se diferenciar usando um tipo de disfarce sonoro. Ouvindo qualquer um de seus cinco discos, você encontrará a mesma banda, às vezes mais inspirada, mais coesa ou mais barulhenta. Em Do It!, de 2008, encontramos o momento mais focado e regular deles.



Ladies and Gentlemen We Are Floating in Space foi um dos discos que mais ouvi na minha vida, e finalmente o Spiritualized lançou algo que mesmo sendo esteticamente distante do outro de 1997, é tão bonito e tão perigoso de se ouvir com frequência quanto ele.



O primeiro álbum do Beck depois da virada do milênio foi seu trabalho mais diferente de todos os outros que vieram antes, e ainda hoje Sea Change (2002) permanece como uma peça que não encaixa no resto de sua discografia e o ponto mais alto que ele alcançou. Modern Guilt, sua produção mais recente, é um disco que se assemelha àquele em alguns pontos, como o tom mais confessional das composições, mas é bem mais discreto na produção (que ficou a cargo do Danger Mouse) e até na duração, o que resulta num trabalho mais lapidado e direto.



Nick Cave não é exatamente alguém cuja carreira eu tenha acompanhado, mas um pouco antes do lançamento de Dig!!! Lazarus Dig!!! eu estava coincidentemente fazendo um apanhado geral da obra dele junto aos Bad Seeds, o que me permite encaixá-lo no "tema" de hoje. Na verdade, não há muito o que dizer. Aqui temos um dos melhores álbuns da banda, com momentos de climas variados, a poesia carregada (seja de humor negro ou de dor) de Cave sendo sempre o destaque.

3 comentários:

  1. não escuto jukebox até o final nem a pau. me falta paciência. já o modern guilt foi um vício que eu abandonei completamente e nem sinto mais vontade de ouvir.

    não se fazem mais álbuns como antigamente =p

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  2. algumas coisas em comum na listenha... tirando a cat power q eu achei o mais inexpressivo...

    e...

    não se fazem mais álbuns como antigamente =p[2]

    ,*

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  3. Acho que as coisas mais novas que ouvi esse ano chegaram a mim através de ti. Eu não sei se são de 2008 ou não... mas de qualquer forma, obrigada :) Continua fazendo a trilha sonora da minha vida, amooor!! =******

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