quinta-feira, 4 de junho de 2009

Lançamentos 1 a 5/6

Tentando organizar um pouco a parte musical dessa pocilga (a cobertura de abril e maio foi nula), resolvi fazer um post com lançamentos (oficiais) por semana. Lembrando que este blog não é muito mais que um exercício e nem tem um ano de vida ainda, então com o tempo pego o ritmo.


Franz Ferdinand - Blood: O rock independente dessa década ganhou uma forma bem definida através dos anos, um estereótipo que no fundo, no que tange à música e ao mercado, nada tem de independente. Me recordo de quatro discos que me parecem seminais nessa fase, e depois deles tudo pareceu consequência: Is This It (The Strokes, 2001), Turn on the Bright Lights (Interpol, 2002), Echoes (The Rapture, 2003) e Franz Ferdinand (2004). Mesmo o que se seguiu na história dessas bandas não passava de tentativa de continuar lucrando com o que já deu certo. No início do ano fomos surpreendidos por Tonight, terceiro do Franz Ferdinand, que se não era tanto uma exploração de novos rumos, pelo menos firmou a banda como melhores no que fazem e remanescente mais respeitável da onda. Blood nada mais é do que uma reconstrução dub daquele, uma brincadeira do produtor Dan Carey que, usando majoritariamente elementos das faixas originais, mostrou o quanto o quarteto escocês ainda é relevante. Se não exclusivamente pela música, também pela esperteza de fugir do inconsistente "disco de remixes" e pelo senso de humor.






Prefuse 73 - The Forest of Oversensitivity: Depois de lançar três (!) álbuns de diferentes projetos entre abril e maio (!), Scott Heren resolveu soltar esse EP sob seu nome mais conhecido. A primeira faixa lembra muito o Four Tet mais lounge, adicionando vocais em vocoder, e vem seguida pelo folk-latino-psicodélico de Relief Choir. Depois, duas novas versões de faixas de Everything She Touched Turned Ampexian, lançado em abril: o glitch-hop Preparation's Kids Choir e a etérea Simple Loop Choir. Talvez seja melhor começar por aqui e depois ouvir tudo que ele já fez esse ano.






Malcolm Middleton - Waxing Gibbous: Os dois integrantes do Arab Strap estão se mantendo tão ocupados quanto na época em que o projeto existia. Os discos lançados pelos dois depois de The Last Romance (2006, último da dupla) acabam de somar 5 com essa produção estranhamente exuberante de Middleton. Estamos a uma distância enorme de Sleight of Heart, álbum de 2008 que, comparado a este, serviu no máximo pra matar saudade. Algo próximo do pop de Damon Gough (Badly Drawn Boy) e, confesso, com uma certa dose de guilty pleasure.






Patrick Wolf - The Bachelor: Tento manter minha cabeça mais aberta possível, principalmente por acreditar que a visão de um artista pode não estar próxima da minha maneira de encarar o mundo, mas se é executada com integridade merece atenção. Por isso até me excitei com a idéia de ouvir um disco (na verdade, a primeira metade de um projeto maior chamado Battle) no qual Patrick Wolf lida com suas origens familiares. Infelizmente, The Bachelor não teve metade da inspiração que eu esperava, e se de fato teve alguma, foi aplicada de forma desinteressante. No fim, poucos momentos memoráveis e o sentimento de um todo extremamente entediante.



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