sexta-feira, 6 de março de 2009

Watchmen (Zack Snyder, 2009)


É louvável que uma experiência como essa veja a luz do dia. Snyder pode não ser um visionário, mas é muito ousado em se aventurar a fazer um filme desse tamanho sem ter um público específico ao qual se direcionar, afinal, os fãs de quadrinhos estão muito ocupados discutindo a fidelidade na adaptação e vários fatores excluem outros grupos (temática, longa duração, personagens desconhecidos, proibição para menores). O resultado é impreciso, com momentos de inspiração e originalidade que surpreendem (introdução, créditos iniciais e o tão temido final inédito - bastante coeso, prova de que Snyder não é um qualquer), um roteiro confuso (preguiça de elaborar mais e medo de deixar a fonte de lado) e sequências-lixo dignas de dos piores filmes do gênero (a maior parte delas é de pancadaria exagerada). Essa ousadia em pequena dose o deixa no mesmo patamar de Sin City, cuja emoção reside apenas na imagem-movimento: é apenas mais um filme irrelevante.

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